11 de Novembro de 2025

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Elas nos inspiram - 03/11/2025

Billie Jean King: Conheça a trajetória da pioneira que uutou pela igualdade salarial no esporte

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Foto: Reprodução/Google

Aos 81 anos, a lenda do tênis segue com a mesma determinação para promover os esportes femininos

Poucas figuras têm uma presença tão marcante no mundo do esporte feminino quanto Billie Jean King. A lendária atleta e ativista usou seu domínio nas quadras para construir uma plataforma em prol da igualdade de gênero, que continua ampliando e rompendo barreiras no esporte e na sociedade.

 

Seis décadas após o início de sua carreira, aos 81 anos, a integrante da lista Forbes das Mulheres Mais Poderosas do Esporte nos EUA relembra os momentos mais marcantes da trajetória – e deixa claro que ainda não parou de deixar sua marca no mundo.

 

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Conquista da igualdade salarial no tênis

 

 


O ano era 1972, e King acabava de derrotar Kerry Melville por 6–3, 7–5 na final do US Open, conquistando seu terceiro título de simples no torneio. “Estou na coletiva de imprensa do US Open de 72. Sento ali, fervendo por dentro, furiosa com o valor do prêmio, porque queria igualdade para nós.”

 

Seu cheque? US$ 10 mil. O de Ilie N?stase, campeão masculino? Mais que o dobro: US$ 25 mil. “Naquela coletiva, eu disse: ‘Acho que não voltaremos no ano que vem se o prêmio não for igual’. Depois pensei: ‘Ah, que burrice, você nem falou com as outras mulheres para ver se concordam’”, lembra ela, rindo. Depois, conversou com as outras jogadoras — e todas toparam. “Disseram que tudo bem, e aí eu soube que seria enorme.”

 

 

 

King estava certa. A ameaça de boicote bastou para provocar a mudança. No ano seguinte, o US Open se tornou o primeiro torneio de tênis a oferecer premiação igual entre homens e mulheres, com ambos os campeões recebendo US$ 25 mil. O gesto inaugurou uma nova era para o esporte feminino e lançou as bases de futuras campanhas por igualdade salarial.

 

Foi também a primeira de muitas vitórias que King conquistaria pelas atletas — uma luta que ela mantém viva até hoje. “Dinheiro é a única coisa que todo mundo entende. Pessoalmente, valorizo mais os relacionamentos, mas o dinheiro fala mais alto.”

 

Das quadras aos negócios (e às salas de aula)

 

 


O método de King para provocar mudanças se tornou um modelo para outras atletas. Exemplo disso é o esforço coletivo das estrelas atuais da WNBA, a liga profissional de basquete feminino dos Estados Unidos. Mas a influência vai além do exemplo: aos 81 anos, ela continua atuante na Billie Jean King Foundation e na Women’s Sports Foundation, ambas criadas por ela.

 

Na primeira, King e sua esposa, Ilana Kloss, investem em diversas frentes do esporte, com participações minoritárias em times como o Los Angeles Dodgers, o Los Angeles Sparks e o Angel City FC, além de apoiarem iniciativas de mídia e inovação como o Just Women’s Sports e o Trailblazer Venture Studio.

 

A ex-atleta define a dinâmica do casal: “Eu sonho, Ilana constrói”. A dupla também ajudou a financiar e lançar a PWHL (a liga profissional feminina de hóquei no gelo da América do Norte), que realizou sua primeira partida em janeiro de 2024. Além dos negócios, tem um novo projeto pessoal: retornar à universidade. “Sabe do que eu gosto? De concluir as coisas. E eu nunca terminei a faculdade. Então voltei.”

 

A aluna que fez história

 

 

Fotos: Reprodução/Google

 
Surpreendentemente, para alguém que já entrou para as páginas dos livros, King está cursando história, curso que abandonou no auge de sua carreira no tênis. Quando estudava nos anos 1960, esse era um dos poucos cursos disponíveis para mulheres.

 

Décadas depois, ela se orgulha de se apresentar como estudante de história na Cal State LA, com planos de se formar em maio de 2026. E acredita que as atletas de hoje também se beneficiariam ao entender melhor o passado. “A Caitlin Clark é incrível. Quando a vi, pensei: ‘É igual à Chris Evert em 71’. Você só percebe isso se conhece sua história. Eu conheço, e vivi.”

 
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“Hoje, todo mundo acha que é o primeiro. Mas, se você olhar para a história, raramente somos.” Billie Jean King

 

Fonte: com informações Forbes

 

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