11 de Novembro de 2025

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Sexo - 31/10/2025

Quantas vezes é normal se masturbar? Sexólogo explica

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Foto: Reprodução/Google

Evidências científicas indicam que a masturbação é uma das formas mais seguras de explorar a sexualidade

Há séculos a masturbação tem sido cercada de silêncio e preconceito. Embora a ciência tenha refutado antigas crenças que a associavam à cegueira, esterilidade ou até mesmo à morte, muitas pessoas ainda se sentem culpadas ou a veem como um assunto proibido. Na realidade, a pergunta mais comum não é se é certo ou errado, mas sim com que frequência pode ser considerado "normal".

 

O sexólogo clínico Laurent Marchal Bertrand, psicólogo formado pela Universidade Católica de Leuven e professor em diversas universidades colombianas, afirma que a resposta não depende de um número. A chave, explica ele, está no efeito que a prática tem na vida cotidiana.Evidências científicas indicam que a masturbação é uma das formas mais seguras de explorar a sexualidade. Marchal afirma que ela permite reconhecer o próprio corpo, descobrir as próprias zonas erógenas e compreender as próprias preferências.

 

Além disso, estudos mostram benefícios associados, como redução do estresse, melhora da qualidade do sono, da autoestima sexual e até na prevenção de certas disfunções. Nos homens, alguns estudos sugerem que a masturbação pode ajudar a reduzir o risco de disfunção erétil na idade adulta. Enquanto nas mulheres, pode promover a lubrificação e a resposta erótica — muito útil após a menopausa. No entanto, o especialista insiste que a questão não é contar o número de vezes, mas sim observar se torna uma atividade compulsiva ou excludente. Se interfere nos relacionamentos, no trabalho ou na vida social, pode se tornar uma fonte de desconforto em vez de prazer.

 

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O QUE DETERMINA A FREQUÊNCIA

 

 

 

Idade, gênero e circunstâncias pessoais influenciam a regularidade da masturbação. Estudos internacionais mostram que adolescentes e jovens adultos tendem a praticá-la com mais frequência, enquanto adultos mais velhos continuam a praticá-la com mais frequência, embora em menor intensidade.

 

As diferenças entre homens e mulheres também são claras. Um estudo de 2022 na Noruega descobriu que a maioria dos homens praticava o esporte de duas a três vezes por semana, enquanto a maioria das mulheres praticava de duas a três vezes por mês.

 

Ter ou não um parceiro também marca um contraste: em alguns casos, a masturbação complementa uma vida sexual compartilhada; em outros, serve como uma forma de compensar a solteirice. Somam-se a esses fatores o estado de saúde, o nível de estresse e o bem-estar emocional. Quando o corpo é submetido a estresse físico ou mental, o desejo pode aumentar ou diminuir, alterando a frequência sem necessariamente indicar um problema.

 


O PAPEL DA PORNOGRAFIA

 

 

 

Outro ponto-chave é a relação com a pornografia. O uso ocasional desse recurso não é um problema em si; a dificuldade surge quando ele se torna a única fonte de excitação. Nesses casos, explica Marchal, podem surgir expectativas irreais, necessidade de estímulos mais extremos ou perda de interesse na vida sexual com o parceiro.

 

A Fundação Universitária Konrad Lorenz está atualmente conduzindo pesquisas sobre o uso problemático de pornografia e seus efeitos no funcionamento sexual. Descobertas preliminares sugerem que a dependência excessiva pode estar ligada a dificuldades de ereção e à diminuição do prazer em experiências da vida real.

 

 

Fotos: Reprodução/Google

 

Concluindo, não existe um número universal que defina "normalidade". Para alguns, pode ser várias vezes ao dia, para outros, nunca, e ambas as situações são consideradas saudáveis ??se não atrapalharem a vida diária. O importante é que a prática seja integrada de forma equilibrada à experiência sexual e não se torne um substituto exclusivo da intimidade ou uma fuga compulsiva de emoções difíceis.

 

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— A masturbação é uma ferramenta poderosa para o autoconhecimento e a conexão com o corpo. Não se trata de estabelecer limites numéricos, mas sim de vivenciá-la como parte de uma sexualidade livre e plena — resume Marchal.

 

Fonte: com informações  O Globo

 

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