Desde então, ele se consolidou como um símbolo internacional de pedido de socorro silencioso.
Em um mundo onde gritar por ajuda nem sempre é uma opção, nasceu um gesto simples, silencioso e poderoso: o sinal de alerta com a mão, criado para que mulheres em situação de violência doméstica possam pedir socorro sem chamar a atenção do agressor.
O gesto — mostrar a palma da mão, dobrar o polegar e depois fechar os outros dedos sobre ele — viralizou durante a pandemia de Covid-19, quando muitas vítimas estavam confinadas com seus agressores. Desde então, ele se consolidou como um símbolo internacional de pedido de socorro silencioso.
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Como é o sinal?

1. Mostre a palma da mão, com os dedos esticados.
2. Dobre o polegar sobre a palma.
3. Feche os outros quatro dedos sobre o polegar, como se estivesse “prendendo” o dedo.
Esse gesto pode ser feito em uma chamada de vídeo, em público, ou mesmo discretamente para alguém de confiança. É um chamado de urgência. E quem vê, precisa saber como agir com segurança.
Por que esse gesto é tão importante?

Porque em muitos casos, a mulher não consegue falar, telefonar ou denunciar diretamente. Ela está sendo monitorada, ameaçada ou está com medo de represálias. O sinal oferece uma forma segura, não verbal e discreta de pedir ajuda — principalmente em tempos de controle coercitivo e cárcere psicológico. Ele representa mais do que um pedido de ajuda. Representa resistência silenciosa, tentativa de sobrevivência e coragem.
O que fazer se você vir esse sinal?
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Se uma mulher fizer esse gesto para você, NÃO REAJA DE FORMA VISÍVEL NA HORA. Aja com calma, e, se possível, entre em contato com ela por outro meio posteriormente. Você pode:
• Perguntar por mensagem se ela está segura.
• Encaminhar a denúncia ao 180 (Central de Atendimento à Mulher).
• Acionar o 190 (em caso de risco imediato).
• Contatar a Delegacia da Mulher mais próxima.
Lembre-se: ajudar não é invadir — é proteger com inteligência, empatia e responsabilidade.
Números que falam por si
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de violência doméstica a cada dois minutos no Brasil. Em 2024, mais de 300 mil denúncias foram registradas apenas pelo Ligue 180. O sinal de alerta tem sido usado com sucesso para salvar vidas. Há registros no Brasil, Canadá, Argentina e Europa de mulheres libertadas após fazerem o gesto durante ligações de vídeo, em consultórios médicos ou mesmo em supermercados.
Uma campanha global
O gesto foi criado pela Canadian Women’s Foundation, durante o isolamento social de 2020, e adotado por organizações internacionais como ONU Mulheres, Anistia Internacional e redes de proteção à mulher. No Brasil, ganhou força nas redes sociais e tem sido incorporado em treinamentos de profissionais da saúde, segurança e educação.
Um gesto que representa todas nós

O sinal de alerta é mais do que um movimento com a mão. É um ato de esperança, uma ferramenta de sobrevivência e um lembrete de que toda mulher tem o direito de viver sem medo. Se você conhece esse sinal, ensine outras mulheres. Compartilhe com amigas, filhas, mães, vizinhas. Quanto mais pessoas souberem, mais chances teremos de romper o silêncio e salvar vidas.
CANAIS DE DENÚNCIA E APOIO À MULHER (válidos em Manaus e no Amazonas)
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
Atendimento 24 horas, todos os dias, inclusive feriados.
Recebe denúncias de violência doméstica, orienta sobre direitos e encaminha para a rede de proteção local.
Ligue 190 – Polícia Militar
Em caso de emergência imediata ou risco de vida, a PM pode ser acionada para intervir diretamente.
Serviços de apoio específicos em Manaus:
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Fotos: Reprodução/Google
DEAM – Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher
Av. Mário Ypiranga Monteiro, 3000 – Parque Dez de Novembro (92) 3236-2922
Casa Abrigo Antônia Nascimento Priante (sigilosa – acolhimento para mulheres em risco)
Acesso por encaminhamento da rede de proteção (CREAS, DEAM ou Ministério Público)
Centro Estadual de Referência dos Direitos da Mulher
Av. Presidente Kennedy, 399 – Educandos, Manaus (92) 3878-4600
Oferece apoio psicológico, social e jurídico gratuito.
• Disque 100 – para denúncias de violência contra mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
• Aplicativo Direitos Humanos Brasil – disponível para Android e iOS
• Delegacia da Mulher – procure a mais próxima
Nenhuma mulher deve viver em silêncio. E agora, com apenas um gesto, ela pode ser ouvida. Divulgue. Fique atenta. Salve uma vida.
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