Segundo os dados, total saltou de 67 mil, em 2012, para 175 mil em 2024. Além do aumento de pessoas morando sozinhas, os dados mostram queda em outros tipos de arranjos familiares.
O número de pessoas que vivem sozinhas no Amazonas mais que dobrou nos últimos 12 anos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total saltou de 67 mil, em 2012, para 175 mil em 2024. A maioria é formada por homens. Um exemplo dessa tendência é o aposentado Saviomar Alencar, de 76 anos. Ele mora sozinho há um ano e meio em um apartamento no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus.
“Faço minhas coisas, recebo minha aposentadoria, pago minhas contas, sem perturbação”, diz o aposentado.
Apesar dos pedidos dos filhos para que voltasse a morar com a família, Saviomar decidiu manter seu espaço. “É melhor só do que mal acompanhado”, afirma.
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Mudança no perfil das famílias
Além do aumento de pessoas morando sozinhas, os dados do IBGE mostram queda em outros tipos de arranjos familiares. Veja:
Os domicílios nucleares (casais com ou sem filhos) caíram de 62% para 58,8% entre 2012 e 2024.
Os domicílios estendidos (com um responsável e outro parente) passaram de 28% para 25,5%.
Já os domicílios compostos (com responsáveis, parentes e agregados) caíram de 3% para 1,6%.
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Fotos: Reprodução/Google
Para a doutora em Ciências Sociais Carolina Batista Santos, essas mudanças refletem transformações culturais e econômicas. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista, que valoriza conquistas pessoais. As pessoas querem conquistar antes, não querem mais formar núcleos familiares maiores”, explica.
A psicóloga Lívia Levinthal destaca que morar sozinho pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal, mas exige atenção à saúde mental. “A primeira coisa que indico é avaliar se você está bem mentalmente. E sempre lembrar que morar sozinho não é o mesmo que isolamento”, orienta.
Fonte: com informações G1
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