11 de Novembro de 2025

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Ela Podcast - 17/10/2025

Dani Veiga no Ela Podcast: a voz rosa das mulheres amazônicas

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Foto: Divulgação/Portal Mulher Amazônica

Em uma conversa emocionante e repleta de coragem, Dani compartilhou sua trajetória de luta contra o câncer de mama, suas onze cirurgias e sua missão de transformar a dor em representatividade para milhares de mulheres invisibilizadas na Amazônia.

No mais recente episódio do Ela Podcast, o Portal Mulher Amazônica recebeu a ativista Danielle Vega, conhecida nacionalmente como “a voz rosa das mulheres amazônicas”. Em uma conversa emocionante e repleta de coragem, Dani compartilhou sua trajetória de luta contra o câncer de mama, suas onze cirurgias e sua missão de transformar a dor em representatividade para milhares de mulheres invisibilizadas na Amazônia.

 

Essa visibilidade tem se expandido — hoje, ela é panelista e congressista em São Paulo, marcando presença em fóruns e congressos nacionais que discutem o protagonismo de pacientes oncológicas. Mesmo após realizar a 11ª cirurgia há apenas 20 dias, Danielle participou da gravação com serenidade e brilho nos olhos.

 

“Eu fiz a cirurgia há 20 dias e cheguei na terça-feira passada”, revelou, mostrando que o retorno ao Amazonas veio acompanhado de esperança e propósito. Durante a entrevista, Dani ressaltou um ponto essencial: a importância de ouvir a voz das pacientes.

 

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“Nós, pacientes, somos especialistas na nossa própria história. Tenho todo respeito ao corpo clínico — amo meus médicos, digo que são anjos que cuidam de mim — mas eles não entendem a minha experiência como eu entendo. Eles não sentem a minha dor como eu sinto. Eles não conhecem meu emocional e minha mente como eu conheço.”

 

Ela destacou que, enquanto nos grandes centros urbanos pacientes já participam de discussões e decisões sobre políticas de saúde, na Amazônia esse processo ainda engatinha. “Em grandes congressos e fóruns, temos o corpo clínico, os órgãos públicos, o setor privado e o terceiro setor. E aqui, no Norte, ainda estamos aprendendo a ouvir a voz da paciente”, reforçou.

 

 

 

Dani também emocionou ao falar da realidade das mulheres amazônicas que enfrentam longas jornadas para receber tratamento: “Eu tenho amigas que passam dias e dias em barcos para chegar ao hospital. Outras vivem em lares de acolhimento. Eu sou privilegiada, tenho uma rede de apoio — mas essa não é a realidade de todas. Quando chego nos grandes congressos e relato isso, as pessoas ficam impactadas. O Brasil ainda precisa entender que o Norte vive uma realidade diferente.”

 

A ativista compartilhou detalhes de seu processo de tratamento, lembrando que descobriu uma mutação genética e enfrentou um efeito tardio raro da radioterapia, que a levou à sua última cirurgia: “O efeito da radioterapia queimou meu corpo de dentro para fora, e as próteses começaram a ser danificadas. Foi um processo doloroso, mas cada cicatriz é uma história de sobrevivência.”

 

 

 

Entre os momentos de emoção, Dani trouxe reflexões profundas sobre gratidão e autoconhecimento: “Digo para você que tá em casa: se você tem uma mama saudável, seja grata. Porque a mulher que perde uma mama enfrenta muitos fatores — o emocional, a autoestima, o olhar para si mesma.”

 

A conversa também abordou sua rede de apoio e a importância de cuidar da saúde mental. “Minha rede vai desde a família até a terapeuta, o nutricionista e o professor de dança. Dentro da minha casa, eu trabalho o meu bem-estar e meu emocional. Eu pratico o que falo. Minha motivação é me tornar uma mulher produtiva acima da doença.” Durante o episódio, Danielle recomendou o filme Câncer, Ascendente em Virgem, da atriz Susana Pires, que conta com a participação de Marieta Severo — artistas que hoje fazem parte da sua trajetória de vida.

 

 

Divulgação/Portal Mulher Amazônica

 

“Esse filme é indispensável. Ele fala com sensibilidade e verdade sobre o que vivemos. E é lindo saber que, desse encontro, nasceram amizades que me fortalecem. A Susana Pires se tornou minha amiga, e eu convido todas as mulheres a assistirem.” Dani também apresentou seu livro Minha Voz, onde relata suas vivências emocionais e espirituais ao longo do tratamento.

 

 

“Nesse livro, eu falo sobre o meu emocional, a minha espiritualidade e sobre como encontrei força para continuar. Falo com o coração aberto, porque acredito que quando a gente compartilha a dor, ela se transforma em cura.”Ao final, o Portal Mulher Amazônica e o Ela Podcast agradeceram a presença e a contribuição inspiradora de Danielle Veiga, destacando seu exemplo de fé, coragem e reconstrução. Uma mulher que inspira todas as mulheres a voltarem o olhar para uma transformação alentadora — aquela que nasce da dor, mas floresce em esperança.

 
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Assista ao episódio completo no canal do Ela Podcast, disponível nas plataformas digitais do Portal Mulher Amazônica.
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