12 de Julho de 2025

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Saúde da Mulher - 01/07/2025

Confira 9 cuidados essenciais para proteger a flora vaginal e evitar infecções

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Foto: Reprodução/Google

A principal arma dessas ?tropas? microscópicas é a acidez: um ambiente vaginal com pH ácido dificulta a sobrevivência de invasores indesejados.

A flora vaginal é formada por milhões de micro-organismos que vivem em equilíbrio para defender a vagina, a vulva e órgãos como o útero, as trompas e até a bexiga. Esse delicado sistema de proteção natural impede a proliferação de agentes infecciosos nessas áreas.

 

A principal arma dessas “tropas” microscópicas é a acidez: um ambiente vaginal com pH ácido dificulta a sobrevivência de invasores indesejados. Quem mantém esse meio ácido são os bacilos de Döderlein — bactérias benéficas que vivem nas paredes vaginais e transformam a glicose em ácido lático, mantendo o equilíbrio necessário à saúde íntima.

 

Esse sistema, no entanto, é sensível a diversos fatores. Alterações hormonais do ciclo menstrual, uso de antibióticos ou anticoncepcionais, relações sexuais e até a gravidez podem desestabilizar a flora vaginal. “Uma flora vaginal normal tem vários tipos de micro-organismos, entre eles bactérias e fungos, que costumam viver em harmonia, garantindo sua saúde”, explica a ginecologista e obstetra Renata Lamego, do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

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Em geral, o próprio corpo se encarrega de restaurar esse equilíbrio. Mas quando há doenças que afetam a imunidade — como lúpus, diabetes e insuficiência renal — essa autorregulação pode falhar, resultando em um quadro chamado disbiose.Quando o desequilíbrio traz problemas

 

A disbiose vaginal abre caminho para sintomas incômodos e, em casos mais graves, pode comprometer a fertilidade e até provocar aborto. Ardência, coceira e alteração no odor são alguns sinais de alerta.Outro indicativo importante é a mudança no padrão da secreção vaginal, que deve ser clara. “Se houver mudanças na coloração, que pode ficar acinzentada ou esverdeada, por exemplo; no cheiro, que tende a ficar desagradável; e na consistência, que pode ficar mais bolhosa; são sinais de corrimento e é importante marcar uma consulta com um médico para que ele avalie o quadro”, alerta o ginecologista e obstetra Luiz Brito, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo.

 

Cuidar da flora vaginal é cuidar de um sistema essencial para a saúde feminina. Por isso, conhecer os sinais de desequilíbrio e ter hábitos saudáveis é o caminho para evitar infecções e garantir o bem-estar em todas as fases da vida.

 

A seguir, confira algumas dicas práticas para adotar já.

 

 

 

1. Prefira calcinhas de algodão: A escolha do tipo de roupa íntima influencia diretamente na ventilação da região genital. Tecidos sintéticos dificultam a transpiração, criando um ambiente úmido e quente que favorece a proliferação de micro-organismos. A recomendação é optar por calcinhas 100% algodão — e não apenas com o forro desse material. À noite, dormir sem roupa íntima também pode ser benéfico para manter a região mais arejada.

 

2. Não use absorventes diários: Apesar de populares, os absorventes diários não são recomendados para uso contínuo. Eles abafam a vagina e mantêm a área em contato constante com secreções, o que desequilibra a flora local e favorece a ocorrência de corrimentos. “Quanto mais se abafa a vagina com esse tipo de absorvente, maior acaba sendo a proliferação de micro-organismos, o que leva a um maior risco de corrimento”, alerta Renata Lamego. Segundo ela, o uso desses itens leva a um ciclo vicioso: “quanto mais se usa, maior é a secreção e mais se quer usar”, explica. Em períodos de maior liberação de secreção vaginal, a orientação é levar uma calcinha extra na bolsa e trocá-la ao longo do dia, se necessário.

 

3. Evite tecidos sintéticos e roupas apertadas: Peças muito justas e confeccionadas com tecidos sintéticos ou espessos, como o jeans, dificultam a transpiração da região genital, criando um ambiente quente e úmido que favorece o crescimento de micro-organismos. Para preservar a saúde íntima, é recomendado intercalar o uso de calças com peças mais leves e ventiladas, como saias e vestidos.

 

4. Limpe-se adequadamente após evacuar: A forma correta de higienizar a região íntima após fazer cocô é passando o papel higiênico de frente para trás. Isso evita que resíduos fecais e bactérias da região anal entrem em contato com a vagina e causem infecções. Se possível, lave a região depois, para garantir limpeza adequada. Lenços umedecidos (sem álcool ou perfume) podem ser úteis fora de casa, promovendo uma limpeza mais completa.

 

 

 

5. Troque absorventes com frequência: Durante o período menstrual, a troca de absorventes deve ser feita, no máximo, a cada quatro horas — especialmente quando se trata de absorventes internos. Isso evita que o ambiente se torne excessivamente úmido, o que favorece a proliferação de agentes nocivos. Além disso, o sangue tem um pH diferente do ambiente vaginal e seu contato prolongado com a mucosa pode causar irritações. Também é indicado evitar absorventes perfumados, cujas substâncias químicas podem sensibilizar a região íntima e aumentar o risco de alergias.

 

6. Prefira sabonetes suaves e neutros: A higiene íntima deve ser feita com produtos suaves, sem excesso de perfumes ou corantes. Sabonetes íntimos, apesar de formulados para essa região, podem ter efeitos diferentes em cada pessoa: enquanto algumas mulheres se adaptam bem, outras relatam aumento da sensibilidade. O ideal é observar como seu corpo reage e evitar exageros. Na dúvida, saiba que menos é mais.

 

7. Lave corretamente as calcinhas: Os cuidados com a roupa íntima começam ainda na lavanderia. O ideal é lavar as peças com sabão neutro e evitar o uso de amaciantes e produtos perfumados, que podem causar alergias ou irritações. Após a lavagem, o mais indicado é deixar as calcinhas secarem ao sol ou em local bem ventilado. Finalizar com ferro quente ajuda a eliminar possíveis micro-organismos.

 

 

Fotos: Reprodução/Google

 

8. Tenha cuidado ao se depilar: Embora a depilação íntima não represente, por si só, um risco direto, a retirada total ou excessiva dos pelos pode enfraquecer uma barreira natural de proteção do corpo. Essa prática facilita a entrada de micro-organismos que podem causar infecções. Por isso, é essencial escolher locais de confiança e garantir o uso de materiais descartáveis e esterilizados.

 
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9. Ducha íntima pode ser prejudicial: Apesar da ideia de “higiene extra”, o uso da ducha íntima pode causar mais mal do que bem. Esse tipo de lavagem altera o pH vaginal e elimina micro-organismos benéficos, essenciais para manter a flora equilibrada. Caso não saiba, a vagina tem mecanismos de autolimpeza. Por isso, a higiene externa, com água e sabonete suave, já é suficiente para manter a saúde da região.

 

Fonte: com informações Agência Einstein 

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