Em Gates Ocidentais ? uma cordilheira montanhosa reconhecida como um dos oito principais hotspots de biodiversidade do mundo ?, o avanço do cultivo convencional de café está degradando a floresta nativa.
Na Índia, o tradicional cafezinho pode ter um impacto que vai muito além da xícara. Em Gates Ocidentais – uma cordilheira montanhosa reconhecida como um dos oito principais hotspots de biodiversidade do mundo –, o avanço do cultivo convencional de café está degradando a floresta nativa.
O alerta é do cientista indiano Anand Osuri, que aponta para a substituição de árvores de grande porte por espécies invasoras.O problema: o cultivo convencional de café nos Gates Ocidentais, na Índia, está causando a perda de árvores nativas e a proliferação de espécies invasoras, desequilibrando o ecossistema local.
A solução: cientistas e agricultores estão se unindo para reintroduzir mudas de árvores nativas em meio aos cafezais, um método conhecido como “café sombreado”.O benefício: a prática ajuda a regenerar a floresta, proteger a biodiversidade e, como bônus, melhora a qualidade e o sabor do próprio café colhido.
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Quando olhamos ao redor, não há muitas árvores grandes”, explica Osuri. “No solo, vemos espécies invasivas crescendo, quase sem a presença de espécies nativas.” Esse modelo de monocultura, que remove a cobertura vegetal original para maximizar a produção, fragmenta a floresta e ameaça a fauna local.Para reverter esse cenário, o cientista uniu-se a agricultores locais em uma iniciativa de restauração ecológica. O projeto consiste em reintroduzir e plantar mudas de árvores nativas em áreas de cafezais degradados. A técnica, conhecida como cultivo de café sombreado, cria um sistema agroflorestal onde o café cresce sob a copa de outras árvores, imitando o ambiente natural da floresta.
Os resultados são promissores: as espécies nativas se regeneram rapidamente, atraindo pássaros e outros polinizadores, melhorando a saúde do solo e ajudando a floresta a recuperar sua vitalidade. E o café? A maturação mais lenta dos grãos, protegidos do sol direto, resulta em uma bebida com maior complexidade de sabores e aromas. A iniciativa prova que é possível aliar produção agrícola, restauração ambiental e um produto final de maior qualidade, demonstrando que, quando a natureza prospera, o sabor agradece.
Fonte: com informações Revista IstoÉ
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