Ministro e copresidente da Aliança Global, Wellington Dias fez um balanço das conquistas realizadas desde o seu lançamento. Primeira Reunião de Líderes ocorreu nesta segunda-feira (3), em Doha
Ao representar o Governo do Brasil na Primeira Reunião de Líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, realizada em Doha, no Catar, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias destacou na segunda-feira, 3/11, que a fome e a pobreza não são inimigos invencíveis.
“A fome e a pobreza não são inevitáveis. São, como disse o presidente Lula, resultado de escolhas políticas. E se são escolhas, podemos fazer escolhas diferentes”, afirmou o ministro. O encontro reuniu representantes mundiais e CEOs dos mais de 200 membros da instância – 105 países e 96 organizações internacionais, instituições financeiras, agências da ONU e organizações da sociedade civil – para uma série de anúncios, além de avaliar o progresso global em direção aos objetivos da Aliança, destacar as conquistas ocorridas nos últimos anos e emitir orientações para os membros.
Na abertura do evento, o ministro fez um breve balanço da trajetória da Aliança Global, desde o seu lançamento, durante a presidência brasileira do G20, no Rio de Janeiro, em 2024. “Em doze meses, transformamos uma promessa em um mecanismo vivo de solidariedade, coordenação e ação”, ressaltou Wellington Dias, que copreside a Aliança Global.
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CONSELHO DE CAMPEÕES – Em seu discurso, Wellington Dias lembrou de conquistas, como a construção da Cesta de Políticas da Aliança, com 51 categorias de programas e 70 exemplos de implementação nacional. Além disso, mencionou a criação do Conselho de Campeões, parte da governança da Aliança que reúne representantes de alto nível de até 50 membros; e o lançamento da Iniciativa de Planejamento Acelerado (Fast Track), processo para transformar planos nacionais em parcerias concretas. “Em março, 13 países prioritários começaram a desenvolver programas nacionais de grande escala baseados na Cesta de Políticas. Entre março e julho, nove países validaram seus pré-planos e os apresentaram aos membros da Aliança. Até o momento, recebemos 85 Manifestações de Interesse de Membro”, lembrou.
A partir de hoje, qualquer país-membro poderá solicitar a ajuda dos demais membros, com apoio do nosso Mecanismo da Aliança, em um processo de construção de parcerias totalmente baseado na demanda” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome
COP30

Outro ponto destacado na reunião foi a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática, preparada pelo Conselho de Campeões e que será endossada por Chefes de Estado durante a COP30, no Brasil. O documento destaca que os piores impactos das mudanças climáticas recaem sobre os mais pobres e vulneráveis. Além disso, propõe uma transição climática justa, que proteja seus direitos e fortaleça sua resiliência.
MECANISMO DA ALIANÇA
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O ministro também fez um chamado: “A partir de hoje, qualquer país-membro poderá solicitar a ajuda dos demais membros, com apoio do nosso Mecanismo da Aliança, em um processo de construção de parcerias totalmente baseado na demanda. A Aliança está aberta, pronta e em operação. A Aliança somos todos nós e sem a ação de todos ela não alcançará nossos objetivos”, frisou.
PROGRESSOS
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Wellington Dias ainda pontuou ainda que o crescimento da pobreza e da fome foi contido e destacou alguns progressos, como os ocorridos no Brasil. “Desde 2023, retiramos 24,4 milhões de pessoas da fome e 7,6 milhões da pobreza, graças a políticas baseadas em evidências e à disposição do Presidente Lula de incluir os pobres no orçamento. Em julho de 2024, saímos oficialmente do Mapa da Fome da ONU pela segunda vez, antes da meta que havíamos estabelecido para 2026”, celebrou.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Um ano após seu lançamento, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza demonstrou que um novo modelo de cooperação internacional ganha força, com quatro países anunciando planos de implementação com diversos parceiros para programas nacionais em larga escala. Na ocasião, os governos da Etiópia, Haiti, Quênia, Palestina e Zâmbia apresentaram parcerias que reúnem instituições financeiras internacionais, doadores bilaterais, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades filantrópicas em torno de programas nacionais de combate à fome e à pobreza, abrangendo proteção social, agricultura, nutrição e resiliência climática. Os anúncios marcam os primeiros resultados concretos da Iniciativa Fast-Track (Acelerada) da Aliança, lançada há apenas nove meses.
NOVOS RECURSOS

Os países obtiveram compromissos nas áreas de financiamento, conhecimento e apoio à implementação dos planos. São novos recursos e realocação de fundos provenientes do Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), FIDA, e de parceiros bilaterais como Brasil, Alemanha, Índia, Espanha e Reino Unido. Além disso, há cooperação técnica de agências da ONU, instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil. Também há implantação de tecnologias sociais comprovadas, capacitação de sistemas governamentais e cooperação Sul-Sul.
ABORDAGEM INOVADORA

No encontro, Eva Granados, secretária de Estado para a Cooperação Internacional da Espanha e copresidente da Aliança, destacou a abordagem inovadora da iniciativa. “O que estamos vendo hoje não é o de sempre. Trata-se de países liderando com seus próprios planos e prioridades, e da comunidade internacional se alinhando a eles com apoio coordenado. É assim que aceleramos o progresso, não por meio de projetos fragmentados, mas com parcerias integradas que fortalecem os sistemas nacionais e geram resultados em grande escala.”
ESPANHA
Granados também enfatizou o papel de liderança e o compromisso da Espanha na luta contra a fome e a insegurança alimentar, com uma abordagem baseada em direitos e uma perspectiva feminista de gênero, que se refletirão no lançamento, no próximo ano, de uma nova Estratégia de Cooperação sobre o Direito à Alimentação.
600 MILHÕES

Annalena Baerbock, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, enfatizou que mais de 600 milhões de pessoas passam fome no mundo e falou sobre a importância do trabalho conjunto. “No mundo de abundância, o direito de todos a comer é possível. Precisamos passar das declarações para as soluções. Esse mundo está ao nosso alcance se trabalharmos juntos”, declarou.
PERSPECTIVAS FUTURAS

Fotos: Reprodução/Internet
Além dos países que anunciaram parcerias nesta segunda-feira (3), vários estão avançando no processo Fast-Track. São eles Camboja, República Dominicana, Indonésia, Palestina, Ruanda e Tanzânia, entre outros. Países adicionais, como Somália, Cuba e Líbano, manifestaram interesse em participar das próximas etapas da Iniciativa Fast-Track.
Fonte: com informações Gov
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