11 de Novembro de 2025

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Especial Mulher - 31/10/2025

Gillian Lynne: a menina que não conseguia ficar parada e mudou o palco para sempre

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Foto: Reprodução/Google

A história de Gillian Lynne é um lembrete poderoso sobre a importância de reconhecer dons onde muitos veem defeitos.

Na década de 1930, uma menina inglesa de apenas sete anos vivia um desafio silencioso dentro da sala de aula. Gillian Lynne não conseguia ficar parada. Agitada, dispersa e constantemente repreendida, ela se tornava motivo de preocupação para professores e familiares. Naquela época, não existia o termo TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), mas palavras como “doença” e “problema de comportamento” eram frequentemente associadas a crianças inquietas como ela.

 

Reuniões eram convocadas, sua mãe era chamada à escola e alguns profissionais chegaram a sugerir medicação como solução. No entanto, um professor — dotado de sensibilidade e sabedoria — decidiu agir de forma diferente.

 

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Durante uma das conversas com a mãe de Jillian, o professor ligou o rádio, deixou a menina sozinha na sala e pediu que os demais observassem sem interferir. Assim que a música começou, Gillian se levantou, começou a se mover e dançou com alegria e liberdade. Foi então que o professor, emocionado, disse: “Ela não está doente. Gillian é dançarina.”

 

O nascimento de uma artista

 

 

 

Com o apoio da mãe, Gillian foi matriculada em uma escola de dança. Lá, ela descobriu um universo onde crianças como ela podiam se expressar através do movimento, e não do silêncio. Anos mais tarde, aquela menina inquieta se tornaria uma das mais renomadas coreógrafas e diretoras da história do teatro musical. Gillian Lynne deu vida a produções icônicas como “Cats” e “O Fantasma da Ópera”, ao lado de Andrew Lloyd Webber — obras que revolucionaram o teatro contemporâneo e encantaram plateias em todo o mundo.

 

O olhar que transforma

 

 

 

A história de Gillian Lynne é um lembrete poderoso sobre a importância de reconhecer dons onde muitos veem defeitos. O professor que enxergou uma dançarina em uma menina inquieta mostrou o poder da empatia e da escuta atenta — valores que ainda hoje inspiram educadores, pais e artistas.

 

“Que possamos ver dons onde outros veem doenças.
Que possamos nutrir a centelha em vez de silenciá-la.”

 

A lição eterna de Jillian

 

 

Fotos: Reprodução/Google

 

Gillian Lynne (1926–2018) deixou um legado que ultrapassa o palco. Sua trajetória inspira não apenas artistas, mas todos aqueles que acreditam no potencial humano e na força da criatividade. Porque, às vezes — bem às vezes —, a criança que não consegue ficar parada é aquela destinada a mover o mundo.

 
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Fontes:

• BBC – Gillian Lynne obituary
• The Guardian – Gillian Lynne, Cats choreographer, dies aged 92

 

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